domingo, 25 de setembro de 2011

cangosta da palha

Correio do Minho, 25 de Setembro de 2011.
© Arquivo Aliança | Museu da Imagem | C. M. B.






Uma cangosta é uma rua ou caminho estreito e longo, ou um lugar de passagem estreita.

Nesta rua, que já se chamou rua dos Congregados e que é por muitos conhecida como cangosta da palha já houve uma necrópole romana. Hoje leva o nome de rua D. João Cândido Novais e Sousa, em memória ao fundador da Creche de Braga, edifício que hoje ainda lá está - na esquininha, ao fundo da rua, do lado esquerdo, fica o berçário da Creche...

No grande edifício que fica do lado esquerdo da fotografia funciona hoje o Centro Novais e Sousa, pólo da Associação da Creche de Braga - centro de actividades ocupacionais. O muro que se vê do lado direito da imagem pertencia à Escola Industrial, que em 1936 funcionava em dois pólos distintos: aqui e no edifício da rua do Castelo (idealizado cerca de 1905 para funcionar como Edifício das Obras Públicas, riscado por Marques da Silva).
Parece que a Câmara de Braga haveria deliberado, em finais de 1880, a edificação da nova Escola na cangosta da Palha, obra que, no entanto, ficaria inconclusa.
A casa ao fundo, com um grande arco na fachada poderá ser a casa da Prelada, demolida para fazer o Centro Comercial do Rechicho.



José Alberto Fernandes (1945), professor reformado, lembra-se bem deste local. Segundo José, ao fundo da rua ficava um anexo da Carlos Amarante, onde hoje é o Centro Comercial do Rechicho.
O edifício terá pertenciado a umas freirinhas. Recorda-se da caixilharia das janelas em madeira pintada de azul, e do empregado, o senhor Vaz, que tocava a sineta para os alunos entrarem para as aulas.
Do lado esquerdo os prédios eram de habitação. No início da rua (que não se vê na imagem) ficava uma casa de pasto que ainda hoje existe e uma carvoeira, mulher que vendia carvão e canhotas para a lareira. Do lado direito ficava a Escola Industrial e Comercial de Braga...






braga era ali

braga que já não existe by cochinilha

braga que já não existe, a photo by cochinilha on Flickr.

Hoje fomos a uma visita fantástica pelo centro de Braga, organizada pela Casa do Professor, em parceria com a Associação Francisco de Sá Miranda, no âmbito da rubrica o centro das pupilas.
Foi o segundo take duma “Visita Guiada Ao Que Não Existe” que Luís Tarroso, advogado e fundador do Estaleiro Cultural Velha-a-Branca, fez em tempos.
Parte do percurso pode ser visto aqui.


Publicação em destaque

as fontes discretas

já no distante ano de 2009, Maria do Carmo Serén publicou um artigo sobre a minha tese de mestrado, a que chamou de " as fontes discre...