sábado, 17 de dezembro de 2011

(re)imaginar (a)meias

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todas as cidades são cidades invisíveis, até ao momento em que os indícios deixados pela história são apanhados pela trama fotográfica ou por um qualquer sujeito suspeito de gabardine que se passeie pelo Toural.

os palácios de princesas e contos de fadas e os passos marcados no pavimento do jovem príncipe em aflição de amor, da cama pequenina à conversadeira da janela, caem por terra e fazem-nos imaginar uma outra cidade, com muralhas e torres sem ameias.

a cidade da muralha é um primeiro momento de paragem e de revelação de um tempo de espera das imagens que possibilita, de facto (com c), imaginar Guimarães.

a cidade da muralha é uma possibilidade de pensar a fotografia de carácter documental através de um discurso ficcional que não tem lugar nas improváveis exposições realizadas a partir de acervos fotográficos.

a cidade da muralha é também, e principalmente, um lugar onde podemos tocar as imagens, amplia-las e perscrutar os seus segredos mais íntimos, o pormenor escondido, e neste sentido, verdadeiramente pensar (imaginar) que cidade foi (e que é) aquela, e de que gentes estranhamente belas se fazem as cidades.

uma lufada de ar fresco no mundo das imagens encontradas em gavetas de armários por descobrir (e imaginar, claro!)



no CAAA, até 29 de janeiro de 2012,  que fica aqui:
Rua Padre Augusto Borges de Sá
4810-523 Guimarães
Portugal



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