domingo, 30 de setembro de 2012

de mãos dadas

Maria Catarina, 1952.

Não tem mesmo nada a ver comigo, mas chama-se Catarina. 
Talvez em 2152, quando tiverem passado 177 anos do meu nascimento, uma outra Catarina em crise existencial, me encontre num qualquer arquivo da memória, se os houver. Espero mesmo é que encontre calor nas mãos dadas com os seus filhos ou enteados, como algumas mães e alguns pais como José Luís Peixoto tiveram um dia o privilégio de encontrar. "Nesse momento, eu e o André estávamos de mãos dadas. Segurar a pequena mão dele, sentir os seus dedos pequenos a agarrarem a minha mão é uma justificação óbvia para tudo, para a vida. Vale a pena nascer, crescer, vale a pena a adolescência inteira, todos os sacrifícios, vale a pena a responsabilidade, vale a pena sair do desconhecido e ter de estar preparado para o impossível, vale a pena ler obras completas, passar dias fechados apenas a ler, vale a pena comer sopa, aprender a fazer sopa, vale a pena lavar loiça para ter a oportunidade de segurar-lhe a mão."





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