sábado, 30 de março de 2013

a câmara como historiadora





useful public archive for future use







No final do século XIX e começo do XX, centenas de fotógrafos amadores ingleses procuraram gravar os vestígios do passado. 
O movimento, conhecido como photographic survey movement, tinha como intenção registar a história cultural e social do país para construir um arquivo público para uso futuro. 
Em The Camera as Historian, a antropóloga Elizabeth Edwards trabalha com um arquivo de cerca de 55000 fotografias tiradas por cerca de 1000 fotógrafos, a maioria dos quais até agora desconhecidos, que fazem parte deste movimento. Edwards aborda o photographic survey movement e as suas práticas sociais e materiais etnograficamente: considerando a forma como os fotógrafos amadores compreenderam o valor dos seus projectos, liga este movimento aos conceitos de lazer, de compreensão do local e do nacional, e à ascensão da fotografia popular. A sua análise da forma como os fotógrafos negociaram entre a objectividade científica e as respostas estéticas para o registo do passado levaram-na a argumentar que o photographic survey movement estava mais preocupado  com a criação de um arquivo para um futuro antecipado, ou com a criação de um futuro que compreendesse o seu passado, do que com a nostalgia de um passado imaginado. 
A antropóloga analisa a relação entre as narrativas locais, nacionais, a questão do estilo fotográfico (factual, pictórico e/ou pitoresco), a utilização de valores científicos, a ampla composição social dos fotógrafos, a comunhão de interesses e intenções entre as sociedades fotográficas e outras, como as folclóricas, a apresentação documental das fotografas e o acesso público das imagens. 
É o que dizem. 
Agora vamos ler a obra de Elizabeth Edwards, professora de História da Fotografia e directora do Photographic History Research Centre na Universdade Montfort, em Leicester. 

sexta-feira, 29 de março de 2013

guloso



O meu pequeno cozinheiro herdou da bisavó Ana e do pai o gosto pela cozinha. Inventou ontem um crepe de canela. Inventou hoje o crepe de chocolate!



A receita não tem segredo nem medidas - é tudo a olho: um ovo, um pouco de farinha, um pouco de leite. derrete-se o chocolate com a manteiga em lume brando e junta-se à mistura. depois é só untar o frigideira com manteiga... e cozinhar!


quinta-feira, 28 de março de 2013

gomes









Volta e meia o jornal bracarense Echos do Minho publica na sua galeria os retratos dos homens mais distinctos.
António José Gomes, oriundo de Braga, que viveu na colónia portuguesa de Macau, era um deles.
A imprensa saúda o sacerdote, no seu 39.º aniversário, em 1913, dedicando-lhe breve biografia. Não era o reverendo "desconhecido dos auditorios bracarenses"- tinha na cidade de Braga "muitos admiradores das suas qualidades de espirito, de caracter e de intelligencia".

segunda-feira, 25 de março de 2013

química


No 1.º capítulo da 6.ª edição do seu Manual de Química Fotográfica, Frederick Hardwich afirma que a arte da fotografia, em 1861, tinha atingido um elevado grau de perfeição e popularidade em todas as classes sociais. Hardwich faz neste precioso manual, disponibilizado pelo Internet Archive, um esboço histórico da fotografia, apresenta os sais de prata, dicas para a revelação duma imagem invisível e fixação da imagem fotográfica, ensina qual a natureza e propriedades da luz e a preparar a química necessária à produção de uma fotografia, desde o papel albuminado ao revelador...

domingo, 24 de março de 2013

quarta-feira, 20 de março de 2013

alliança xyz





Tem lugar amanhã, pelas 21h30, na Velha-a-Branca, mais uma conversa em torno da fotografia e no âmbito da mostra “O Tempo da Imagem: uma exposição improvável”. 
As fotografias que têm vindo a ser publicadas semanalmente no jornal Correio do Minho, na rubrica alliança xyz, servirão de mote para uma conversa com Alberto dos Anjos, o último aprendiz da Fotografia Aliança, na qual se pretende recuperar memórias: 
a memória daqueles que passaram pelo estúdio para se fazerem fotografar, 
a memória da experiência de Alberto neste estúdio fotográfico da cidade que existiu entre 1910 e 1986, cujo espólio se encontra depositado no Museu da Imagem da cidade de Braga.
Eternamente agradecidos pela abertura do Museu da Imagem e da Velha-a-Branca, que acolhe a iniciativa.

terça-feira, 19 de março de 2013

Pai

pai, 1957.
Às dezassete horas e quarenta minutos do dia vinte e cinco de Outubro do ano mil novecentos e trinta e sete nasceu na rua Tenente Espanca, nove, primeiro, da freguesia de São Sebastião da Pedreira desta cidade um indivíduo do sexo masculino a quem foi posto o nome próprio de José António e de família Guerra Basso Marques, filho legítimo de Jaime Wheelhouse Basso Marques, de vinte e três anos de idade, no estado de casado, de profissão primeiro sargento cadete, natural da freguesia de São Lourenço, concelho de Portalegre e de Georgina da Conceição Gonçalves Guerra Basso Marques de vinte anos de idade, no estado de casada, de profissão doméstica, natural da freguesia de São Pedro, concelho de Évora, domiciliados em Portalegre, neto paterno de Jaime Basso Marques e de Miquelina Georgina Wheelhouse Marques e materno de José Carlos Gonçalves Guerra e de Francisca Barbudo da Conceição Guerra.
A declaração foi feita pelo pai, digo pela mãe, por o pai se encontrar em Portalegre.
Foram testemunhas deste registo, os quais declararam querer ser padrinhos Carolina Hipólita da Conceição Guerra, solteira, maior, doméstica, domiciliada na casa onde se deu o nascimento e por José Carlos Gonçalves Guerra, avô materno, casado, oficial principal dos Correios, domiciliado na mesma casa.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Aliança

António dos Santos Carvalho, 1939.
António dos Santos Carvalho foi um dos proprietários da Fotografia Aliança. Gostava tanto de conhecer a sua família! Haverá por aí alguém que faça o link? Obrigada!
(aparece esta quinta-feira, pelas 21h30, na Velha-a-Branca, para identificar as imagens da rubrica alliança xyz, entre outros assuntos!)

alliança xyz, in
Correio do Minho, n.º 8867 (18 mar. 2013), p.  16.


domingo, 17 de março de 2013

braga ilustrada


Ilustração Católica, ano 1, n.º 2 (12 jul. 1913).
O S. João em Braga é o título da reportagem que segue, por ordem cronológica, as imagens publicadas na Ilustração Católica sobre a cidade. Estamos no segundo número da revista (12 jul. 1913), já distantes da festa (de que já se havia dado ilustração no número anterior), mas é ainda tempo de mostrar ao país a diversidade do programa são-joanino.
Nesse ano de 1913 houve experiências de aviação durante dois dias seguidos no Sameiro e a tradicional “usança” do quadro bíblico do baptismo de Jesus no Jordão representado nas margens do rio Este. 
No coreto adornado de lumes “tocou com mestria a banda regimental” e o passeio central do jardim público encontrava-se “transformado num tunnel de luzes multicolores”. 
Ainda que “elegantes”, eram muito “severos” os adornos do campo de Sant’Anna, ponto de reunião da sociedade bracarense, que nos dias do festival esteve “regurgitando de passeantes”.  Teve mais “números” a festa são joanina, retratada por Mira Neves e pelo “distincto” amador João Silva, mas foi esta a selecção, pelo menos nesse número, a que tivemos direito: aviação, baptismo, enfeites do campo de Santana, coreto e passeio público. O programa das festas incluiu também a Exposição Mostruário das Artes e Indústrias de Braga, de que se dará notícia em Agosto.

[a cochinilha no Braga Semanário]

sexta-feira, 15 de março de 2013

esta menina é linda


está de braços cruzados
mas não é rapariga de ficar de braços cruzados
esta menina linda

© catarinawheelhouse

quem ainda não ouviu falar da Margarida tem AQUI a explicação do último projecto que abraça.
(termina hoje a possibilidade de encomendar pela internet os seus desenhos maravilhosos, a escolher, AQUI. Depois, só no fim-de-semana, na casa da achada!)

desenho n.º 4
© margarida alfacinha

quinta-feira, 7 de março de 2013

coisas do passado

Bellino, Albano - Archeologia Christã. Lisboa: Empreza da História de Portugal, 1900.

"todos os que se interessam a serio pelas cousas do passado affirmam, e com razão, que nem sempre o estudioso de gabinete lhes conquista o agrado em seus trabalhos historicos, não obstante serem estes por vezes considerados primorosos na fórma; por isso eu procuro proporcionar-lhes apreciaveis elementos de estudo, apresentando aqui numerosas photogravuras dos principaes monumentos de que me occupo e o resultado das minhas investigações que mais conexão têem com o assumpto".


A Arqueologia Cristã de Bellino tem como subtítulo descripção historica de todas as egrejas, capellas, oratorios, cruzeiros e outros monumentos de Braga e Guimarães. 
É ilustrada com 66 fotogravuras dos monumentos religiosos das duas cidades do Minho. Tal como refere o autor, para que se reconheça a utilidade deste trabalho histórico, único no genero, nada mais será mister que a sua leitura atenta: o livro oferece vantagens como guia de quem se proponha examinar de perto o que nos resta de passadas glorias. Para o ler, basta clicar aqui.

domingo, 3 de março de 2013

A.G.F.A.








As caixinhas que guardavam os negativos fotográficos de vidro que se usaram em Portugal em muitos estúdios até à década de 70 do século XX também são vestígios da memória da evolução técnica da fotografia.
Se tem caixinhas destas em casa, não as deite fora: preserve-as e contacte-nos!





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Em 2004, a divisão de imaging da marca belga Agfa-Gevaert foi vendida à companhia europeia AgfaPhoto GmbH e depois à LUPUS, quem produz e comercializa hoje os produtos fotográficos (filmes e câmaras) da marca AGFAPHOTO
Está aqui toda a história toda da marca, cujos produtos podem ser encomendados online



Publicação em destaque

as fontes discretas

já no distante ano de 2009, Maria do Carmo Serén publicou um artigo sobre a minha tese de mestrado, a que chamou de " as fontes discre...