sexta-feira, 30 de setembro de 2011

comunicação estética

© Pedro Elias. Lisboa, 05.01.10
José Gil, filósofo e ensaista.










É já daqui a pouco que José Gil começa a falar sobre  a Comunicação Estética, na Sala de Actos do Instituto de Ciências Sociais (UMinho).
A apresentação do orador estará a cargo do Prof. Moisés de Lemos Martins.
Braga, 30 de Setembro (14h30)






José Gil nasceu em Moçambique a 15 de Junho de 1939. Formado e doutorado em Filosofia pela Universidade de Paris (1982) com o estudo “O Corpo como Campo de Poder”, foi Directeur de Programme do Collège International de Philosophie de Paris e professor na Universidade Nova de Lisboa (actualmente jubilado).
A sua vasta obra está publicada no Brasil e traduzida em várias línguas. Entre outros livros, é autor de "Os Monstros" (1995), "A Imagem Nua e as Pequenas Percepções - Estética e Metafenomenologia" (1996), "Metamorfoses do Corpo" (1997), "Portugal, Hoje - O Medo de Existir" (2004) e " Em Busca da Identidade - O Desnorte" (2009).
Colabora com várias revistas portuguesas e estrangeiras de várias áreas e é autor de algumas entradas na Enciclopédia Einaudi. Em 2004 foi considerado, no número especial do Le Nouvel Observateur, um dos 25 “grandes pensadores” de todo o mundo, ao lado de Rorty, Sloterdijk, Toni Negri e Slavoj Zizek.

perfumes do oriente



Temos um ano inteirinho para ver os perfumes do oriente, uma exposição coordenada por Flora Oliveira no Museu D. Pio XII, com a colaboração do Instituto Confúcio da Universidade do Minho. Inaugura hoje!

O Museu D. Pio XII fica no Largo de Santiago, 47, em Braga, e está aberto de terça a domingo [9h30 - 12h30 e 14h30 - 18h00].


quinta-feira, 29 de setembro de 2011

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

paisagem urbana



Braga no século XVI era assim, ou mais ou menos assim...
De lá para cá, muita coisa mudou, apesar de reconhecermos nele os limites das principais áreas da cidade (pintados a posteriori com as denominações actuais)...

Para melhor conhecer Braga, é imprescindível a leitura deste blogue a sério (infelizmente inactivo), assim como de uma obra que nos foi recomendada nesta inspiradora viagem pela cidade que Braga já não é: trata-se da tese de doutoramento de Maria do Carmo Franco Ribeiro, que teve como "objectivo geral o estudo da morfologia da cidade de Braga, desde a sua fundação romana até à Idade Moderna", analisando-se os "mecanismos históricos responsáveis, quer pela preservação, quer pela mudança dos elementos que caracterizam os planos urbanos, tendo em vista perceber a evolução diacrónica dos espaços físicos construídos".

Pode aceder-se ao documento digital deste trabalho aqui. Mais uma vez obrigada, Luís!

Ribeiro, Maria do Carmo Franco - Braga entre a época romana e a Idade Moderna. Uma metodologia de análise para a leitura da evolução da paisagem urbana. Dissertação de Doutoramento em Arqueologia [Área de Conhecimento de Arqueologia da Paisagem e do Povoamento]. Universidade do Minho, 2008.

semana da fotografia









Vai realizar-se de 23 a 26 de Novembro de 2011 a 3.ª semana da fotografia na Golegã, um espaço de partilha imperdível. Informações aqui.




Ver ainda sobre a primeira (2008) e segunda (2009) semanas da fotografia na Golegã.

domingo, 25 de setembro de 2011

cangosta da palha

Correio do Minho, 25 de Setembro de 2011.
© Arquivo Aliança | Museu da Imagem | C. M. B.






Uma cangosta é uma rua ou caminho estreito e longo, ou um lugar de passagem estreita.

Nesta rua, que já se chamou rua dos Congregados e que é por muitos conhecida como cangosta da palha já houve uma necrópole romana. Hoje leva o nome de rua D. João Cândido Novais e Sousa, em memória ao fundador da Creche de Braga, edifício que hoje ainda lá está - na esquininha, ao fundo da rua, do lado esquerdo, fica o berçário da Creche...

No grande edifício que fica do lado esquerdo da fotografia funciona hoje o Centro Novais e Sousa, pólo da Associação da Creche de Braga - centro de actividades ocupacionais. O muro que se vê do lado direito da imagem pertencia à Escola Industrial, que em 1936 funcionava em dois pólos distintos: aqui e no edifício da rua do Castelo (idealizado cerca de 1905 para funcionar como Edifício das Obras Públicas, riscado por Marques da Silva).
Parece que a Câmara de Braga haveria deliberado, em finais de 1880, a edificação da nova Escola na cangosta da Palha, obra que, no entanto, ficaria inconclusa.
A casa ao fundo, com um grande arco na fachada poderá ser a casa da Prelada, demolida para fazer o Centro Comercial do Rechicho.



José Alberto Fernandes (1945), professor reformado, lembra-se bem deste local. Segundo José, ao fundo da rua ficava um anexo da Carlos Amarante, onde hoje é o Centro Comercial do Rechicho.
O edifício terá pertenciado a umas freirinhas. Recorda-se da caixilharia das janelas em madeira pintada de azul, e do empregado, o senhor Vaz, que tocava a sineta para os alunos entrarem para as aulas.
Do lado esquerdo os prédios eram de habitação. No início da rua (que não se vê na imagem) ficava uma casa de pasto que ainda hoje existe e uma carvoeira, mulher que vendia carvão e canhotas para a lareira. Do lado direito ficava a Escola Industrial e Comercial de Braga...






braga era ali

braga que já não existe by cochinilha

braga que já não existe, a photo by cochinilha on Flickr.

Hoje fomos a uma visita fantástica pelo centro de Braga, organizada pela Casa do Professor, em parceria com a Associação Francisco de Sá Miranda, no âmbito da rubrica o centro das pupilas.
Foi o segundo take duma “Visita Guiada Ao Que Não Existe” que Luís Tarroso, advogado e fundador do Estaleiro Cultural Velha-a-Branca, fez em tempos.
Parte do percurso pode ser visto aqui.


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

parada militar

Correio do Minho, 18 de Setembro de 2011.
© Arquivo Aliança | Museu da Imagem | C. M. B.


Apesar de não sabermos a que se deveu esta parada, sabemos, por intermédio de Luís Tarroso, que este edifício, situado na rua D. Afonso Henriques, corresponde ao actual Seminário Conciliar de Braga. Obrigada Luís!

Mais sugestões acerca da data e circunstâncias da imagem?

7 fontes


Fomos buscar aqui o edital de dia 22 de Setembro, publicado no Correio do Minho, relativo à elaboração do Plano de Pormenor de Sete Fontes.
Temos 30 dias para participar - formular sugestões em carta escrita ao Presidente da Câmara.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

salvem

Sete Fontes, Agosto 2011.

A esta hora ainda estará a ter lugar na Câmara de Braga a reunião em que se analisa o plano de pormenor para as Sete Fontes  (entre outros assuntos de importância para o património).

O lugar que se designa por Sete Fontes corresponde a uma extensa área que abrange as freguesias de Gualtar e de S. Victor, por onde passa um importante “sistema de abastecimento de águas à cidade de Braga do século XVIII".

As Sete Fontes foram classificadas como monumento nacional em 25 de maio, e foi  igualmente fixada uma zona especial de protecção, com destaque para «a protecção do vale em que se localiza o sistema e as colinas com relação paisagística directa», a 7 de junho.

É preciso dizer que esta vitória em muito se deve à iniciativa de alguns cidadãos bracarenses, como se pode perceber através da leitura deste blogue e deste.

Ouvimos dizer que no início do mês tinham começado o abate de carvalhos de grande porte, iniciativa que era suposto ter sido embargada pela Câmara de Braga. Parece que o espaço está desfigurado.

Oxalá hoje seja um dia positivo para a história da cidade.


bolotas de carvalho, Sete Fontes, Agosto de 2011.
 

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

kossoy




Boris Kossoy é uma figura incontornável da história da fotografia.
Desde os anos 70 que o investigador brasileiro, arquitecto de formação, se dedica à fotografia.

Os seus trabalhos como fotógrafo encontram-se representados em colecções permanentes de várias instituições internacionais - assim como a sua obra enquanto historiador circula mundo.

O seu trabalho de pesquisa gira em torno da investigação da história da fotografia no Brasil e América Latina, dos estudos teóricos da expressão fotográfica e do uso da iconografia como fonte de pesquisa nas Ciências Humanas e Sociais.





Desde 1999 é coordenador de iconografia do PROIN - Laboratório de Estudos da Memória Política Brasileira do Departamento de História da FFLCH-USP).

Na sua página pessoal é possível fazer o download de alguns dos artigos que escreveu, e aceder aos resumos dos inúmeros títulos que publicou:

1971. Viagem pelo Fantástico.
1980. Origens e Expansão da Fotografia no Brasil - Século XIX.
1984. Album de Photographias do Estado de São Paulo 1892: Estudo Crítico.
1988. São Paulo, 1900.
1989. Fotografia e História; 
1994. O Olhar europeu: o negro na iconografia brasileira do século XIX (com Maria Luiza Tucci Carneiro) 
1999. Dicionário Histórico-Fotográfico Brasileiro;
1999. Realidades e Ficções na Trama Fotográfica;
2006. Hercule Florence, a Descoberta Isolada da Fotografia no Brasil.
2007. Os Tempos da Fotografia: O Efêmero e o Perpétuo.
 
[datas das primeiras edições]

terça-feira, 20 de setembro de 2011

O início da fotografia na China

Island Pagoda, China, 1870–71 | John Thompson
From the album of Foo Chow and the River Min 

© Peabody Essex Museum

O início da fotografia na China: fotógrafos anglófonos e chineses na Macau oitocentista é o título da próxima comunicação a cargo de Rogério Miguel Puga, organizada pelo CETAPS e pelo Centro de História de Além-Mar (CHAM).
A comunicação apresentará os resultados da investigação de Rogério Puga (financiada pela Fundação Macau) no Peabody Essex Museum, onde existe um espólio inédito sobre as representações de Macau.

Serão analisadas fotografias provenientes de espólios familiares em depósito no PEM, seus autores e contextos de produção, no âmbito do início da actividade fotográfica em Macau e Hong Kong.

É já na próxima quinta-feira (29 de Setembro) pelas 18h, na sala multiusos 1 do Edifício ID da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, à Avenida de Berna, em Lisboa.


Obrigada João pela preciosa informação.



segunda-feira, 19 de setembro de 2011

o chalet da condessa

o chalet "d'ela" by cochinilha
o chalet "d'ela", a photo by cochinilha on Flickr.
Desde Maio deste ano que o chalet da condessa d'Edla, no Parque da Pena, pode ser visitado, depois da conclusão da primeira fase do projecto de recuperação - que prevê a sua reconstrução, na sequência de um prolongado abandono e da sua destruição parcial causada por um incêndio, em 1999.

Ontem estivemos lá e ficamos fascinados com o restauro que está a ser realizado neste belíssimo edifício construído em 1867 - um precioso cuidado com todos os pormenores (atenção proporcionada por uma investigação histórica consistente) permitiram até ao momento restaurar e conservar respeitando o modo como o chalet foi originalmente concebido, não sem descurar a correcção de pequenos "defeitos" construtivos e as necessidades do momento.










Os princípios de intervenção em conservação e restauro (o respeito pelo original, a intervenção mínima, a compatibilidade de materiais e o da reversibilidade, será que falta algum?) parecem aqui ter sido seguidos à letra.

Uma obra sem par em Portugal, que deverá certamente fazer escola na história da conservação e restauro. Obrigatório visitar! Informações acerca da sua história, projecto de intervenção, documentos iconográficos e tudo o mais, aqui.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

buarcos na figueira

... by cochinilha
..., a photo by cochinilha on Flickr.
É mesmo nas viagens que aprendemos coisas novas e que conhecemos o mundo, como se diz por aí: o nosso, e o dos outros. Cheguei à Figueira exactamente à hora do fecho da biblioteca. A ideia era chegar uma hora antes, mas a falta dos devidos apetrechos (mapa, telefone com internet, gps), de combustível quando estava quase quase lá, e, claro, de sinalização adequada, justificaram, em parte, o atraso.
Mas não importa, porque de qualquer maneira tinha já reservada a manhã de amanhã para lá voltar.

Tinha como referência que a Pensão Bela Figueira ficava por trás dos grandes hotéis voltados para o mar. Percorri aquela imensa avenida até parar e perguntar a um senhor de meia idade onde era a rua Miguel Bombarda. Ó menina, isso é na Figueira! Como assim, mas não estamos na Figueira?
Nesta altura olhei em redor a confirmar que aquela praia era a da Figueira,  e senti-me completamente perdida. Eu bem segui as setas e dizia: Fi-guei-ra.
Não! Aqui é Buarcos, a Figueira é daquela metade da rua para lá! 

Ok, já percebi, então é só dar meia volta e já estou outra vez na Figueira. Ufa!

Para que fique claro, Buarcos é uma freguesia da Figueira da Foz, distrito de Coimbra (não vá haver mais Buarcos por Portugal), mas foi já mais importante do que a própria Figueira.
Tinha que haver história por aqui.

Figueira da Foz. Mais coisa menos coisa para lá do prédio azul começa a freguesia de Buarcos.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

arquivos da memória: Tomar

© António da Silva Magalhães | Tomar Terra Templária


O Arquivo Fotográfico Silva Magalhães foi criado em 1996 pela Câmara Municipal de Tomar, a partir de um projecto de recuperação de António Ventura e Luís Pavão [Instituto Politécnico de Tomar].



A colecção que dá o nome ao arquivo chegou à Câmara por meio duma doação de José António de Magalhães Soares, neto de António da Silva Magalhães. Em 2004 foi já realizada uma exposição sobre este pioneiro da fotografia em Tomar.


igreja de S. João, Tomar
© António da Silva Magalhães | Tomar Terra Templária


O AFSM, inicialmente constituído pelo espólio do fotógrafo Silva Magalhães, tem vindo a incorporar outros acervos [António Passaporte], assegurando a sua preservação:

Uma das funções do arquivo é proteger e preservar o património fotográfico municipal. Têm chegado diversos espécimes em quantidades e procedências distintas. Ou se encontravam dispersos pelos serviços da Câmara – Animação Cultural, Biblioteca e Turismo – ou resultam de resgates – Cine-Teatro e Fábrica de Fiação – ou provêm de doações: a de 47 negativos em vidro de Azevedo Franco, oferecidos por José Paulo Alcobia, ou a de 618 fotografias dos finais do século XIX e século XX que pertenciam ao espólio documental de Eusébio Tamagnini.

O Arquivo Fotográfico Silva Magalhães está instalado no campus do Instituto Politécnico de Tomar, ao abrigo do Protocolo de Cooperação estabelecido entre esta instituição e a Câmara Municipal.


Arquivo Fotográfico Silva Magalhães
consultável mediante marcação

Instituto Politécnico de Tomar
Quinta do Contador
Estrada da Serra
2300-313 Tomar

249 328 100
arquivo_foto@ipt.pt

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

arquivos da memória: Évora

Retrato de menino participante em récita de Carnaval da SHE.
Inscrição no verso: "Anno de 1900, 4 anos de idade"
Ricardo Santos © Projecto Memória.
O arquivo fotográfico da Câmara Municipal de Évora é importantíssimo, estimando-se que o acervo actual tenha cerca de 300 000 espécies.
É constituído por mais de 20 colecções, reunidas ao longo dos últimos 20 anos, e não para de crescer.
Estão entre os seus objectivos proteger o património fotográfico local; recolher a produção fotográfica contemporânea e histórica; divulgar e promover as suas colecções; disponibilizar à consulta pública essas colecções; gerir o actual acervo fotográfico da CME; promover exposições e eventos na área da fotografia; promover, apoiar e incentivar a realização de estudos na área da história da fotografia local.




Escusado será dizer que estes objectivos são comuns à maioria dos arquivos fotográficos portugueses, e que muito poucos os consegue cumprir.

Évora parece ser um caso à parte, a julgar, pelo menos, pelas exposições que são produzidas pelo Arquivo, e pela possibilidade do público poder consultar as cópias digitais das provas fotográficas no arquivo municipal e também on-line, no Projecto Memória.

Retrato de grupo. O autor, Francisco Manuel Fialho, é um fotógrafo amador de Vila Nova da Baronia.
Esta imagem figurou na Exposição de Fotografia "Bichos e Homens" (Outubro/ Novembro 2008).

Francisco Manuel Fialho
© Projecto Memória

Retrato de Palmira Torres, actriz que integrava o elenco do Teatro do Príncipe Real e que, em 1906, foi a actriz principal da peça A Severa de Júlio Dantas. Dedicatória da própria à SHE: "Ao distincto Grupo Dramatico da Sociedade Harmonia Eborense Palmira Torres". © Projecto Memória.


Arquivo Fotográfico da Câmara Municipal de Évora
Rua Diogo Cão, n.º19
7000 Évora

266 777 114/5

cmevora.arquivofoto@mail.evora.net


© all rights reserved

domingo, 11 de setembro de 2011

avenida da liberdade



Correio do Minho, ano LXXVI, série VI, n.º 8329 (11 Set. 2011), p. 18.


A Avenida da Liberdade, eixo norteador do centro da cidade de Braga, já se chamou rua das Águas e Avenida Marechal Gomes da Costa e já foi assim - aparentemente mais larga, sem passeios do lado direito e com crianças a brincar... Parece separar duas cidades diferentes: de um lado, os prédios cor-de-rosa ("prédios da caixa") construção dos anos 50, cidade "moderna"; do outro, a cidade "antiga" e edificado anterior com alinhamento prestes a ser rectificado.


Para que efeito terá sido feita esta imagem, alguém saberá?
(sabemos, apenas, que foi realizada pela Fotografia Aliança, e que terá como data aproximada meados dos anos 50)

Ainda se vê lá em cima, ao lado esquerdo, a igreja de S. Lázaro, demolida cerca de 1975.

Pela mesma altura foi arrasada a rua dos Granjinhos, que ligava o largo dos Remédios ao largo de S. Lázaro, e que veio dar lugar, nos anos 80, a mais um centro comercial encimado de um bloco de apartamentos bem mais alto do havia sido projectado.

Mesmo atrás do sítio onde estava situada esta igreja foi construída uma outra, de raiz, segundo projecto de um arquitecto de Lisboa, José Maia dos Santos.

Menos mal, o cruzeiro seiscentista que estava ao lado do velho templo foi transferido para defronte da nova igreja.

© all rights reserved

sábado, 10 de setembro de 2011

vindimar


Vindima, Alvão © colecção nacional de fotografia | Borges & Irmão

vindima
s. f.
1. colheita de uvas.
2. as próprias uvas vindimadas.
3. tempo em que se vindima.
4. [figurado] colheita, granjeio.


Chegamos ao tempo em que se colhem as uvas para fazer o vinho. As vindimas têm lugar, habitualmente, em setembro, escolhendo-se uma data propícia à colheita, que determina a obtenção de um bom vinho. A sabedoria popular conta que para saber qual a melhor altura para vindimar basta verificar quando murcham os pés das uvas e as peles dos bagos começam a contrair.

Vindima, Alvão © colecção nacional de fotografia | Sociedade Vinhos Constantino

Quando os cachos de uvas estão maduros, é preciso colhê-los - é a altura em que se chamam amigos e vizinhos para ajudar! Primeiro cortam-se os cachos, que são colocados em cestas de vime, depois transportadas para os lagares, onde são pisadas. O resto, contamos depois de terminada a vindima, que começa hoje em casa de amigos (se a chuva não aparecer).

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

arquivos da memória: Sesimbra


Mário Nascimento e Idalécio Cabecinha


O Arquivo Municipal de Sesimbra incorpora à data, além de cinco fundos documentais, seis espólios de proveniências díspares: uma colecção completa de legislação emanada pelos governos portugueses, entre 1821 e a actualidade; o espólio de Rafael Monteiro, com documentação sobre diversas temáticas da história concelhia; o espólio da Câmara, que contém fotografias recolhidas desde 1980 e que retratam diversos momentos da história recente do concelho; um espólio sobre o 25 de Abril em Sesimbra e por fim o espólio fotográfico histórico, compreendido por cerca de quatro mil imagens da autoria dos fotógrafos Américo Ribeiro e Idalécio Cabecinha, que se encontra organizado por temáticas e que retrata a vida do concelho de Sesimbra de meados do século passado. Para cada espólio, o site da Câmara de Sesimbra disponibiliza a respectiva lista de inventário.


Arquivo Municipal de Sesimbra
9h30 às 12h
14h30 às 17h
 
Estrada Nacional 378, Edifício Casa do Mar, 1.º
2970-643 Sesimbra

21 228 85 00
daf_damgd@cm-sesimbra.pt


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

sleeping beauty

CDV. Portsmouth, New Hampshire, circa 1870.
© The Thanatos Archive

Virginia de la Cruz Lichet, jovem historiadora da arte, descobriu em 2002 as fotografias de Virxilio Vieitez e deixou-se conquistar pela poesia dos seus retratos post-mortem.
Depois de longa investigação, apresentou no ano passado à Complutense de Madrid a sua tese, que a imprensa espanhola refere como o único doutoramento que se escreveu na Europa sobre a fotografia funerária: um recorrido pela história da Galicia de entre finais do século XIX e os anos 70 do século XX, por meio dos cerca de 400 retratos que foram estudados.
Acabamos de descobrir que o trabalho já está disponível online, aqui. Vamos lê-lo com muita atenção.


Sleeping Beauty
c.1870 carte de visite of a young girl, posed as if sleeping.
© The Thanatos Archive



   



quarta-feira, 7 de setembro de 2011

arquivos da memória: Figueira


Desde 2002 que o Arquivo Fotográfico Municipal  da Figueira da Foz (AFMFF) centraliza a memória fotográfica do município, e desde 2003 que tem um espaço próprio para a sua conservação e divulgação junto dos cidadãos, onde é possível consultar as imagens já tratadas e digitalizadas (de entre as cerca de 30.000 espécies que constituem o arquivo!). 
A  Colecção do AFMFF foi enriquecida em 2008 com a entrada do valioso espólio da Casa Havanesa, doação de Maria Helena Alves, que constitui o Fundo Casa Havanesa.


postal do espólio do maestro Jaime da Silva segundo José Carlos Rodrigues
A riqueza do fundo advém do facto deste não ser  constituído apenas pela produção fotográfica da Casa Havanesa - que iniciou a sua relação com a fotografia na década de 20 do século XX.

É que a Casa Havanesa tinha já adquirido o espólio fotográfico da Casa Pereira Monteiro, anterior à sua, que vinha do século XIX.
Resultado: dois espólios fotográficos de épocas e autores diferentes num só.

Assim se percebe que o Fundo Casa Havanesa seja "da maior importância em termos documentais, históricos e estéticos, tendo enriquecido de forma inequívoca a colecção do AFMFF. A temática é variada, sendo essencialmente figueirense; uma fonte de conhecimento e um capítulo da História da Fotografia na Figueira da Foz".


A Casa Havanesa - livraria, papelaria e tabacaria fundada em 1885 - ainda existe, e tem um blogue. No Museu Municipal Dr. Santos Rocha houve, em 2007, uma exposição da Havanesa,"indubitavelmente um dos grandes centros de sociabilidade figueirense".




Arquivo Fotográfico Municipal da Figueira da Foz
9h15 - 12h15
14h15 - 17h15

Rua Calouste Gulbenkian
3080-084 Figueira da Foz
 
233 402 844
arqfoto@cm-figfoz.pt
Regulamento do Arquivo Fotográfico Municipal

pormenor de postal da Casa Havanesa
© all rights reserved by freitas nunes

terça-feira, 6 de setembro de 2011

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

arquivos da memória: Santarém


Em Santarém existe um Arquivo Fotográfico Municipal que é constituído, para além dos álbuns que registam as actividades desenvolvidas pelo município, por positivos e negativos de dois estúdios fotográficos escalabitanos - a Foto Sequeira e a Foto Gomes, que retratam a população da cidade entre as décadas de 10 e 90 do séc. XX.




Segundo a directora da Biblioteca Municipal, desde 2007 que o arquivo se encontra em fase de reorganização, preservação e identificação: a Foto Sequeira (XIX-1972) encontra-se a ser digitalizada, enquanto os negativos da Foto Gomes (1915-1995) foram na sua maioria congelados.

Teresa Lopes Moreira esteve à frente de uma ideia genial: de forma a preservar a memória das fotografias foi feita uma parceria com a Universidade da Terceira Idade de Santarém, de modo que, mensalmente, desde Janeiro de 2008, um grupo de voluntários se dirige à Biblioteca para identificar as imagens.


Faz agora um ano que decorreu na Biblioteca Municipal de Santarém uma exposição intitulada Fotografia em Santarém: Foto Sequeira e Foto Gomes. Com pena, não tivemos conhecimento da iniciativa, mas vamos tentar descobrir se foi publicado catálogo...


Arquivo Fotográfico / Biblioteca Municipal
directora: Dr.ª Luísa Cotrim
Segunda a Sexta das 9h30 às 18h30
Rua Braamcamp Freire,
2000-094 Santarém
243 330 240

arquivos da memória: Vale de Cambra

Augusto Tavares de Sousa terá fundado em 1911 aquela que terá sido a primeira casa comercial de fotografia a funcionar no concelho de Vale de Cambra: o estúdio fotográfico que se designou sucessivamente como A. Tavares de Sousa - Fotógrafo, Foto Progresso e finalmente Foto Sousa.

Para além do fundador, terão trabalhado com ele seus filhos Manuel e Alberto Tavares de Sousa - tendo Alberto continuado o estúdio do pai (1911- 2000) e Manuel aberto a Foto Central (1936-1998)

Estúdio da Foto Sousa, ca 1914-1920.




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 O Município de Vale de Cambra adquiriu os espólios destas duas casas comerciais de fotografia encerradas nos finais do século passado, compostos de cerca de 261.612 negativos da Foto Central, bem como todo o espólio da Foto Sousa, composto por aproximadamente 124.349 espécimes fotográficos, equipamento fotográfico, álbuns e livros de registo.

O Arquivo Fotográfico do Município de Vale do Cambra  preserva e disponibiliza online a consulta dos negativos das duas casas. Um grande bem-haja! 

Retrato de mulher com traje regional. Augusto Tavares de Sousa, ca 1914-1920.



Arquivo Fotográfico de Vale de Cambra
9:00 às 12:30
14:00 às 17:30


Avenida Ilídio Pinho
3730 Vale de Cambra
 
256 420 510



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outros arquivos da memória portugueses




domingo, 4 de setembro de 2011

pin pin studio

pin pin by cochinilha
pin pin, a photo by cochinilha on Flickr.

como chamar a esta espécie de envelope onde está guardada uma antiga fotografia de meu pai, pequenino, em Macau?

sábado, 3 de setembro de 2011

Augusto Soucasaux


Segundo Victor Pinho, Augusto Soucasaux (1871-1962) era o segundo filho de Luís de Sousa Soucasaux e de Ana Joaquina. O apelido francês adveio do seu avô paterno, Diogo de Sousa, natural de Vilhery, Baiona.

Augusto Soucasaux casou com Maria Joaquina da Conceição, de cujo enlace nasceram cinco filhos: Augusta Maria, Mário, Joaquim, Augusto Eurico e José Soucasaux.


Fotografias de Francisco Soucasaux e montagem de Alberto Delpino.
SOUCASAUX, Augusto (Org.). Álbum de Minas. Rio de Janeiro: Tipografia e Litografia Léon de Rennes & C., 1905.
in Metamorfoses da metrópole. Revista do Arquivo Público Mineiro, ano XLIII, n.º 2  (Julho - Dezembro de 2007), p. 62.

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Em 1904 Augusto Soucasaux trocou Barcelos por Belo Horizente para cumprir a última vontade de seu irmão Francisco, que viera de viagem a Portugal, onde viria a falecer. 
Francisco Soucasaux  (1856-1904) teria começado cerca de um ano antes no Brasil a recolha de imagens fotográficas para uma publicação por ele idealizada, o Álbum de Minas.
Coube a Augusto terminar a ampla recolha fotográfica iniciada pelo irmão para completar e organizar o referido álbum, cujo primeiro fascículo fez sair em 1905 - uma “autêntica monografia ilustrada do estado de Minas Gerais", desde "o primeiro arraial, o Curral del Rey, com sua velha casaria e os seus antigos moradores, até que gradativamente, chegamos ao atual Belo Horizonte, servido por bondes elétricos,progressista e confortável (...) E a história de Belo Horizonte ressai e vibra inteira dessas fotografias".

 





publicações com fotografias realizadas por 
Augusto Soucasaux existentes na Biblioteca Nacional












Publicação em destaque

as fontes discretas

já no distante ano de 2009, Maria do Carmo Serén publicou um artigo sobre a minha tese de mestrado, a que chamou de " as fontes discre...