segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

conta-nos como foi

A história de alguém que estava na guerra e que escreve à mulher, pedindo-lhe que mande outra fotografia dela com os netos - e que a tire em melhor fotógrafo, que aquela, por ter já sido tão beijada, tinha perdido a "tinta" - hoje de manhã, na radio, fez com que quase parasse o carro.
Já nasceu há uns tempos, em Lisboa, a Associação Arquivo dos Diários, com sede na Biblioteca Municipal de São Lázaro, à imagem da experiência italiana (Fondazione Archivio Diaristico Nazionale) com a qual uma das fundadoras, Clara Barbacini, tomou contacto quando a família decidiu doar as cartas do seu bisavô. Clara ficou encantada com a ideia de a história poder ser escrita por todos e começou a construir a sua equipa.
A ideia não é parar o trânsito, mas partilhar memórias autobiográficas das pessoas de quem, normalmente, não reza a história.


Arquivo dos Diários
 

AADD 
"O Arquivo dos Diários é uma associação sem fins lucrativos e dedica-se à preservação de memórias autobiográficas fixadas em diários, cartas ou em qualquer outro suporte que permita reconhecer as histórias de vida de homens e mulheres.
O Arquivo dos Diários quer preservar, valorizar e divulgar as memórias de gente comum, reconhecendo que ao dar voz a esses testemunhos de vida pessoais está a contribuir para um conhecimento mais democrático e fiel da História, bem como para a construção de uma identidade mais positiva.
Através da partilha destes depoimentos, destas narrativas, o Arquivo dos Diários procura tornar visível as experiências e acontecimentos que cada pessoa viveu, partilhando-os com a sociedade.
O Arquivo dos Diários pretende ser um local de recolha e preservação desses testemunhos (diários, cartas, vídeos e memórias das mais variadas pessoas) e estará aberto ao público para que possam também ser consultados".

De forma a encorajar os mais tímidos a contribuir para o acervo do Arquivo (entregando as cartas do avô guardadas na gaveta que já estiveram para ir para o lixo inúmeras vezes), 
a AADD promove concurso que premeia diários, cartas e memórias escritas.





Arquivo dos Diários
 

Biblioteca de São Lázaro,
Rua do Saco 1, 
1169-107, Lisboa, Portugal

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

new documents 1967


DIANE ARBUS (1923-1971) | Triplets in their bedroom, N.J. 1963
 
"Most of those who were called documentary photographers a generation ago when the label was new made their pictures In the service of a social cause. It was their aim to show what was wrong with the worlds and to persuade their fellows to take action and make it right.
In the past decade a new generation of photographers has directed the documentary approach toward more personal ends. Their aim has been not to reform life but to know it".  


 

hoje em dia saber mais sobre é espantosamente fácil.
mais sobre new documents, aqui.


documentar o imaginário



Mesa 1:
CRIAR, PROGRAMAR, DOCUMENTAR O IMAGINÁRIO
11h00-13h00

Tanto ao nível da criação de obras de arte, como da curadoria ou do pensamento artístico, o panorama português tem sido intensamente vibrante. Este painel olhará o tema do Fórum a partir dos lugares de origem dos seus participantes: a criação, a programação ou o pensamento sobre as imagens em movimento e a sua capacidade para reinventar a realidade, criando imaginários.

André Príncipe
João Ribas
Catarina Mourão
António Pinto Ribeiro
Moderação: Daniel Ribas

.

Mesa 2:
A REINVENÇÃO DO DOCUMENTÁRIO CONTEMPORÂNEO
14h30-16h30

O Porto/Post/Doc colocou-se, através da sua programação, no mapa de um circuito de festivais internacionais que partilham uma programação de risco dedicada ao documentário. Os presentes neste painel são programadores experientes dos festivais mais importantes da Europa. Será, certamente, uma discussão dedicada às tendências mais criativas na zona do documentário.

Jean-Pierre Rehm
Dennis Lim
Jean-François Rettig
Paolo Moretti
Moderação: Victor Paz Morandeira

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Mesa 3:
GALIZA E PORTUGAL: UM IMAGINÁRIO COMUM
17h00-19h00

As relações fronteiriças entre Galiza e o Norte de Portugal são uma aposta de futuro, cujos resultados têm sido vistos nos últimos anos. O debate proporcionará uma história desta relação, mas também uma ideia do que é ainda possível fazer. O carácter diversificado do painel permitirá um olhar múltiplo sobre esta realidade e sobre as condições que ela proporciona ao cinema português e ao cinema galego.

Beli Martinez
Nuno Rodrigues
Manolo González
Lois Patiño
Moderação: Martin Pawley

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O Fórum do Real é realizado em parceria com o Citar (Centro de Investigação em Ciência e Tecnologia das Artes), Escola das Artes, Católica.Porto (Projeto de Investigação “Narrativa e Criação Audiovisual”), no âmbito do “Ano do Cinema e Audiovisual Português”, do Instituto de Cinema e Audiovisual.


PROGRAMA, AQUI.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

(whenever blue teardrops are falling)


(uma cover quase tão boa como o original)



Hot 8 Brass Band
playing Sexual Healing (Marvin Gaye) 




baby, 
I'm hot just like an oven
I need some lovin'
And baby,
I can't hold it much longer
It's getting stronger and stronger



And when I get that feeling
I want sexual healing
Sexual healing, 
is good for me
Makes me feel so fine

Helps to relieve my mind
Sexual healing baby, is good for me
Sexual healing is something that's good for me

Whenever blue teardrops are fallin'
And my emotional stability is leaving me
There is something 
I can do

I can get on the telephone 
and 
call you up baby


honey 
I know you'll be there to relieve me
The love you give to me 
will free me

If you don't know the things you're dealing

Ohh I can tell you, darling, 
that it's sexual healing



Get up, get up, get up, get up
Let's make love tonight
Wake up, wake up, wake up, wake up
'Cause we do it right


[Heal me, my darling]

sexta-feira, 24 de julho de 2015

breves

Correio do Minho, n.º 9709 (24 jul. 2015), p. 3.

Correio do Minho, n.º 9709 (24 jul. 2015), p. 3.

O Theatro e a (re)organização urbana de Braga

Hoje, 24 de Julho (sexta-feira), pelas 15h
Pequeno Auditório do Theatro Circo
conferência integrada nas comemorações do Centenário do Theatro subordinada ao tema “O Theatro e a Cidade” com as seguintes intervenções:

·         Miguel Bandeira|O Theatro e a (re)organização urbana de Braga
·         Ana Maria Macedo| Sociedade Theatro Circo de Braga – os Fundadores
·         Albertino Gonçalves| A vitalidade cultural e a criatividade das cidades
·         Mário Caeiro| Reinventar a cidade através da arte



terça-feira, 21 de julho de 2015

ser anjinho






SER ANJINHO
Recolha de provas fotográficas de meninos e meninas que fizeram um dia parte da procissão de S. João. Digitalização das provas e recolha de testemunhos, para documentação do Arquivo Aliança.
local: Museu da Imagem
Praça Conde S. Joaquim, 35 (ao Arco da Porta Nova)
datas: 21 a 25 de julho de 2015
horário: 11 às 19h
Correio do Minho, n.º 9706 (21 jul. 2015), p. 11.


anjinhos da procissão

Correio do Minho, n.º 9706 (21 jul. 2015), p. 11.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

100 anos de teatro



21 de Julho (terça-feira), 18h
inauguração da exposição “O Theatro e a Cidade”, 
Salão Nobre

24 de Julho (sexta-feira), 15h
conferência subordinada ao mesmo tema que conta com os contributos de Miguel Bandeira, Ana Maria Macedo, Albertino Gonçalves e Mário Caeiro,
Pequeno Auditório.

terça-feira, 30 de junho de 2015

rapariga do primeiro

A um segundo de estacionar o carro, depois de uma rua limpa, ele pergunta a um carro que sai, então, onde é que é. Uma voz masculina responde da torre que é no quarto andar, mas o do carro disse que era uma rapariga no primeiro. Então, como é que é, pergunta, titubeante, com uma súbita mudança de tom de voz. Mais máscula, mais forte, mais pronúncia do Norte. E o passo apressa.
É a rapariga do primeiro. Anda, segue-me. Não ouve a conversa. O coração bate forte. Uma mão estendida para o tio. E gente à volta. Toma lá. Dá cá. Caneco, não há caneco. Ninguém tem um caneco por aí? Arranja-se já! E a moça, não quer? Não, obrigada. Uma simpatia de corpo que quase não é corpo, nem de homem, de mulher. Unhas pintadas de vermelho, pernas palito, pés inchados que arrastam o chinelo. Cabelos compridos. Resto de cara de... mulher? Então tio, é da boa, pergunta a rapariga do primeiro andar que subiu e desceu as escadas e que se pôs a espreitar para baixo. Não há cinza? Pera lá, vou acender um cigarro. Foda-se, amanhã trago prata para vender. Isso é que é negócio! E cinza! Entre uma, duas, três, quatro ou cinco pessoas que se arrastam a passo rápido à procura de mais, o cão peludo insiste nas pedras da calçada. Do que é que está à procura? É um rato, caralho! Foda-se o caralho do cão não larga os calhaus!
Uma para ti, uma para mim. Compra-se cinco, fuma-se duas, dá-se três. E uma moedinha. Deixa o tio, foda-se, oube lá! Num tenhe!


© Paulo Pimenta




















you can look at our bodies, but you can never see our spirits


© Nelson d'Aires













aleixar * afastar-se * distanciar-se


segunda-feira, 29 de junho de 2015

fotografia Brasil

FOTOGRAFIA BRASIL
rua da Escola Politécnica, 141
a S. Mamede
Lisboa

FOTOGRAFIA BRASIL
carimbo branco
FOTOGRAFIA BRASIL
carimbo

domingo, 14 de junho de 2015

perlimpimpim

Anjinhos da Procissão: 
o São João na Photographia Alliança.
Museu da Imagem
13 de junho
*
26 de julho
2015
Nos últimos meses tenho andado às voltas dos retratos dos meninos e meninas que foram à Fotografia Aliança na primeira metade do século XX tirar o retrato, antes ou depois de terem integrado a procissão de São João.

O resultado está agora à vista - são 70 imagens seleccionadas dum universo de 600 retratos de estúdio representando anjinhos da procissão.

Ontem, depois de um "discurso" imprevisto, apressado e improvisado, não agradeci a preciosa colaboração do fotógrafo José Manuel Bacelar e dos funcionários do Museu da Imagem e do Município de Braga - apenas o convite endereçado por Rui Ferreira, presidente da Associação de Festas de São João de Braga, para comissariar esta exposição. Por isso aqui deixo o meu público agradecimento.
Foi um enorme prazer - espero que gostem!



Anjinhos da Procissão:
o São João na Photographia Alliança.
MUSEU DA IMAGEM
13 de junho * 26 de julho


[exhibition of photographic studio portraits representing kids dressed for the Saint John procession, from the XX century]
13th june-26 july
@ Museu da Imagem, Braga, Portugal

sábado, 13 de junho de 2015

começa o são João!


amanhã começam os festejos do São João
e a exposição dos meninos da procissão!



deixo aqui o cheirinho 
de uma das imagens da exposição

espero as vossas visitas, 
amanhã
(sábado, 13)
no Museu da Imagem 
às 17h
*** 

quarta-feira, 27 de maio de 2015

anjinhos da procissão de São João



anjinhos da procissão de São João

estamos a preparar a próxima exposição do Arquivo Aliança!
guardou as suas fotografias vestido de anjinho para a procissão?
quer partilhá-las connosco?
estamos todos os dias, entre as 11 e as 19h, 
no Museu da Imagem
apareça!

MUSEU DA IMAGEM
Praça Conde São Joaquim
 (ao Arco da Porta Nova)
Braga
+351.253.278.633



terça-feira, 28 de abril de 2015

espaços corporativos e escalas urbanas séc. XX

o programa de hoje é na Plataforma das Artes e da Criatividade, em Guimarães!




(manhã)





Plataforma das Artes, Avenida Conde Margaride (antigo mercado)

segunda-feira, 13 de abril de 2015

dia do beijo?


parece que o beijo acidental da dama e do vagabundo é o beijo favorito do cinema para muitas pessoas do mundo... eu adoro!

quinta-feira, 9 de abril de 2015

quem é a artista? [2]


Há um ano atrás, um[a] leitor[a] [er?] comentou este post sobre concurso que era promovido pelo Teatro Circo e o jornal bracarense Correio do Minho em 1933, que oferecia uma ida grátis ao cinema aqueles que reconhecessem o/a artista apresentados.

Era mesmo Jean Harlow (1911-1937) a artista apresentada no Correio do Minho em 1933, "uma mulher perigosa na sua estranha beleza loira", "gloriosa artista da Metro Goldwin Mayer", protagonista do filme "The Beast of the City"... Obrigada Er! (infelizmente, não temos bilhetes para oferecer)
Jean Harlow, em "The Beast of the City" (1932)

100 anos de Theatro Circo









Através da Baldio e da página da Câmara de Braga acabamos de receber a fabulosa notícia de que a Universidade do Minho e o Theatro Circo assinaram ontem um protocolo que "visa o levantamento e análise do espólio documental relativo ao Theatro Circo existente na Biblioteca Pública de Braga".



Et voilà, no período de celebração do centenário - de Abril de 2015 a Abril de 2016 - muita coisa irá acontecer (conforme a informação disponibilizada pelas instituições):

- valorização da documentação,
- recolha, tratamento técnico, conservação e divulgação do património documental do Theatro Circo (tendo em vista a sua posterior disponibilização para o estudo, análise e investigação),
- reflexão sobre a memória e história de 100 anos do Theatro Circo,
- apresentação de quatro exposições temáticas,
- apresentação de conferências,
- edição de um livro comemorativo do “Século do Theatro”,

O processo de recolha documental, como tem sido habitual nos processos de recolha de memórias, apela à participação dos cidadãos e instituições que tenham memórias do Theatro.
Refere-se que se disse que " é ´obrigação´ de instituições como o Município e a Universidade do Minho continuar a identificar espaços de colaboração e projectos conjuntos que abortem benefícios para toda a comunidade". Parece-me que se terá dito "aportem" e não "abortem" [damn spell check!]


Valorizo a iniciativa, apelo à participação dos leitores da cochinilha

e digo, de passagem, em miudinho, que a cochinilha é coca-bichinhos assídua da Biblioteca Pública de Braga, aluna da Universidade do Minho e ...  que está quase há um ano sem trabalho remunerado ...

sábado, 4 de abril de 2015

sábado, 28 de março de 2015

horto das carvalheiras [37]



Miranda, Catarina - A pequena horta e jardim das Carvalheiras. Correio do Minho, n.º 9593 (28 mar. 2015), p. 30.

Miranda, Catarina - A pequena horta e jardim das Carvalheiras. Correio do Minho, n.º 9593 (28 mar. 2015), p. 30.



Miranda, Catarina - A pequena horta e jardim das Carvalheiras. Correio do Minho, n.º 9593 (28 mar. 2015), p. 30.

Publicação em destaque

as fontes discretas

já no distante ano de 2009, Maria do Carmo Serén publicou um artigo sobre a minha tese de mestrado, a que chamou de " as fontes discre...