quinta-feira, 27 de outubro de 2011

identificar

ilustres desconhecidas, anónimo, século XX.

Começa hoje e termina no sábado uma acção de formação intitulada Identificação de Processos Fotográficos, que tem lugar no Centro Português de Fotografia, a cargo de Luís Pavão.
A formação tem como objectivos:
. apresentação dos processo e métodos usados na identificação das espécies fotográficas, tanto de provas fotográficas, fotomecânicas e digitais, como de negativos em vidro e película a cores e preto e branco e ainda de diapositivos.
. reconhecimento das formas de deterioração mais vulgares, que são auxiliares na identificação das espécies fotográficas.
. apresentação de testes químicos para identificação de suportes plásticos.

A formação abrange os processos mais usados, ao longo da história da fotografia, desde os processos iniciais até à provas de impressora da fotografia digital, referindo as suas características e o seu enquadramento histórico. Vamos lá estar, e trazemos novidades quando terminar!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

docere, movere e delectare


 êxtase de Santa Teresa (pormenor), Bernini, século XVII.

                    plateresca, embrechado, planta elíptica, talha dourada a prata e a ouro, marca de   ensaiador, troca de princesas, fachada retábulo, píxide, ourives do ouro, ex-voto, arte efémera, baldaquino, polifonia, grinalda, guirlanda, entalhador, imaginária, aparato, passos da paixão, recheio artístico, relicário, imagética, armador, cenário, horror do vazio, consórcio, bergantim, ostensório, pintor de medidas de azulejos, esplendor, festa.

                           que saudades que tinha de ouvir estas palavras do tempo da faculdade e que bom que é aprender outras novas... está a ser assim, o 1.º congresso luso-brasileiro do barroco, no bom jesus do monte, recheado de esplendor e brilho...

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

portal português de arquivos

 


Em Portugal existe um portal electrónico que agrega todos os arquivos portugueses dependentes da Direcção-Geral de Arquivos (DGARQ).
Esta maravilha tecnológica torna possível ao utilizador, através deste site, pesquisar nos arquivos que fazem parte da rede.
Exacto, podem realizar-se pesquisas apenas naqueles arquivos que tenham aderido à Rede Portuguesa de Arquivos (RPA): "a "comunidade" de arquivos assim criada oferece, a investigadores e cidadãos, pela simplicidade e rapidez da recuperação de informação dispersa por vários repositórios, benefícios que serão tanto maiores quanto maior o número de entidades aderentes".
Para além disso, é preciso que cada arquivo "carregue" os respectivos endereços electrónicos.

A DGARQ tutela dois arquivos de âmbito nacional - o Arquivo Nacional da Torre do Tombo e o Centro Português de Fotografia - e dezasseis arquivos de âmbito regional, que se distribuem pelas áreas dos distritos e que são estes.


São excepção a esta regra, por razões históricas, dois arquivos que se encontram na dependência das Universidades de Coimbra e do Minho: o arquivo da Universidade de Coimbra e o Arquivo Distrital de Braga que partilha o mesmo espaço da Biblioteca Pública de Braga.


Para consulta pública estão também uma série de documentos importantes, como a 3.ª versão das Orientações para a Descrição Arquivística (ODA).
 

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Mário Novais


A colecção Estúdio Mário Novais foi adquirida em 1985 pela Fundação Calouste Gulbenkian e abrange os 50 anos de actividade do Estúdio Novaes.
É composta de 80.309 documentos fotográficos de diversos tipos: negativos, diapositivos, interpositivos, p&b e cor.
Este estúdio especializou-se na fotografia de obras de arte e arquitectura, embora Mário Novais tenha também praticado outros géneros fotográficos.


Segunda reza o site da FCG, Mário Novais (1899-1967), oriundo de uma família de grandes fotógrafos, começou a sua actividade profissional como retratista, nos anos de 1920, na Fotografia Vasquez.
Em 1933, montou o seu próprio estúdio – o Estúdio Novaes – em Lisboa, que se manteve activo durante 50 anos.
Para além de fotografia de obras de arte e arquitectura, em que se especializou, Mário Novais praticou igualmente a foto-reportagem, a fotografia publicitária, a comercial e a industrial.

O motor de busca das colecções fotográficas da FCG mora aqui.
Parte da colecção - aquela composta pelas fotografias que não estão protegidas por direitos de autor ou direitos conexos - é consultável no flickr e na biblioteca de arte da Fundação Calouste Gulbenkian.
 

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

o anjinho na literatura brasileira

© the thanatos archive
 É já de 2002 o artigo intitulado "Os funerais de "anjinho" na literatura de viagem", habilmente escrito por Luiz Lima Vailati para a Revista Brasileira de História.

Tendo como base a literatura constituída de relatos e memórias de viagem, Vailati analisa as práticas e representações da morte da criança nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro nos períodos Brasil colonial e imperial (1822-1889).

"Sobre o "anjinho", os visitantes estrangeiros se mostraram favoravelmente surpresos pelo esmero em que esses pequenos defuntos eram arrumados e expostos. "Prazerosamente", "ricamente" são os termos por meio dos quais homens como John Lucccock, já no começo do período estudado, e mais tarde Daniel Kidder, lançam mão para descrever a maneira pela qual eram preparadas as crianças. [...] Assumindo uma dimensão de insondável importância, devia-se cuidar do aspecto pelo qual o corpo se ia apresentar no reino dos mortos [...] Residindo no Brasil em meados da década de 1840, Thomas Ewbank mostrou-se particularmente interessado por esse aspecto do cerimonial fúnebre no Brasil. No caso das crianças, ele nos informa que em alguns casos as crianças eram vestidas como santos: As crianças com menos de 10 e 11 anos são vestidas de frades, freiras, santos e anjos. Quando se veste de São João o cadáver de um menino, coloca-se uma pena em uma das mãos e um livro na outra. Quando é enterrado como São José, um bordão coroado de flores toma o lugar da pena, pois José tinha um cajado que florescia com o de Araão. A criança que tem o mesmo nome que São Francisco ou Santo Antônio usa geralmente como mortalha um hábito de monge e capuz. Para os maiores, São Miguel Arcanjo é o modelo. Veste-se então o pequeno cadáver com uma túnica, uma saia curta presa por um cinto, um capacete dourado (de papelão dourado) e apertadas botas vermelhas, com a mão direita apoiada sobre o punho de uma espada. As meninas representam "madonas" e outras figuras populares." © Luiz Lima Vailati


Obrigada odepórica pela partilha. O artigo pode ser consultado aqui.


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

photographia açoriana

© Carlos Enes

A história da fotografia nos Açores está bem documentada no sítio da Direcção Regional da Cultura, que apresenta uma leitura cronológica realizada a partir de investigação de Carlos Enes, sobre o período que vai de 1845 a 1995.
A referência mais antiga é ao daguerreotipista Marcellin Turpi, que viveu em São Miguel do ensino da língua francesa. Nos anos 50 um médico, António Ferreira Borralho, terá sido um dos primeiros açorianos a envolver-se com a fotografia, como amador.
São inúmeros os fotógrafos que estiveram de passagem na ilha, oferecendo os seus serviços por um curto período de tempo, como os estrangeiros Dubois ou Carlos F. J. Reeckell – “fotógrafo volante".
São da década de 60/70 os primeiros ateliers fotográficos de residentes: Nestor Ferreira Borralho, Carlos Severino de Avelar, António José Raposo - Photographia Artística, Carlos Augusto Mendes Franco - Photographia Terceirense, Domingos Mendes de Faria - Photographia Nacional, José Pacheco Toste – Photographia Central, Severino João de Avelar - Photographia Avelar, Manuel de Sá e Silva - Photographia Popular, Laureano P. da Silva Correa - Photographia Americana. 

Esta importante cronologia acessível ao público reflecte ainda os acontecimentos marcantes na história dos Açores em que a fotografia ocupa lugar de (merecido) destaque. A mesma página tem conteúdos biográficos acerca dos fotógrafos, um roteiro de colecções fotográficas com indicação de todos os espécimes existentes em cada núcleo, e uma breve história da fotografia nos Açores.  Em suma, um exemplo a seguir!

© Carlos Enes




quarta-feira, 12 de outubro de 2011

ilustres photographias transmontanas

© Col. Eng. Alberto Eduardo Viana Pereira da Costa | Museu de Vila Real
http://manueldinis.blogs.sapo.pt/80053.html


O Dicionário dos mais ilustres Transmontanos e Alto Durienses, coordenado por Barroso da Fonte (Editora Cidade Berço) não para de me surpreender.
Ainda que Carlos Relvas não tenha nascido em Trás-os-Montes, figura neste dicionário porque "por Vila Real se apaixonou". Pelo menos assim o afirmou Elísio Amaral Neves, investigador e colaborador do Grémio Literário Vila-Realense.

Conta o dicionário que, numa das suas histórias ao café, em dezembro de 1997, Amaral Neves referiu ter-se Vila Real familiarizado cedo com a fotografia - e que a partir de meados do séc. XIX começaram a instalar-se daguerreotipistas franceses, italianos e espanhóis.

Continua assim: "Mais tarde, pelos anos 60, outros fotógrafos chegaram, divulgando e vulgarizando a nova técnica, vendendo material fotográfico e instalando estúdios temporários, um pouco por toda a província. [...] a localização de Vila Real na rota das estâncias termais, onde os fotógrafos afluíam para fotografar a clientela de aquistas abastados, possibilitou um contacto cada vez mais frequente da vila com a fotografia.

Aqui acabaram por montar ateliers temporários, entre outros, a Photographia Transmontana... a Photographia Olivenza... T. Santhiago ... Ernesto Pereira da Silva & Irmão... Estas presenças em Vila Real acabaram por conquistar algumas pessoas locais para a fotografia. De entre eles, é justo citar um homem curiosíssimo, António Narciso Alves Correia... É igualmente justo citar Maximiano Lopes dos Santos, que se associa à firma Sala & Irmão, do Porto, abrindo um atelier chamado Nova Photographia Villarealense... E também alguns fotógrafos amadores, como António Lopes Martins, Alfredo Artur da Silva Melo e João Baptista Vaz de Carvalho.  [...]
Sousa Pinto e Carlos Relvas são dois exemplos, respectivamente, de escritor e fotógrafo interessados na paisagem rural e urbana que passaram por Vila Real.
Carlos Relvas, grande lavrador ribatejano, sportsman e fotógrafo amador, veio aqui uma primeira vez, em princípios 1877, a fim de tomar algumas vistas do Marão com neve, destinadas à Exposição Universal de Paris no ano seguinte. Simplesmente, o objectivo gorou-se, porque a neve entretanto derretera com as chuvas abundantes que caíram".



Dicionário dos mais ilustres transmontanos e alto durienses / Barroso da Fonte. Guimarães: Editora Cidade Berço, 1998-
1.º volume – 1998 | 2.º volume – 2001 | 3.º volume – 2003

terça-feira, 11 de outubro de 2011

o retrato carmim


 à procura de informações acerca da associação fundadora dos encontros da imagem, encontrei uma página (uma não, duas ou três) criada por mim há mais de 7 anos que se chamou "o retrato carmim"... já não me recordo se foi daqui que surgiu a cochinilha ou vice-versa... mas é só uma questão de comparar datas... fotologs, contas de email e palavras secretas de que já não me lembrava...
um projecto que acabou para dar lugar a "ou mun", onde era suposto ter havido contribuições várias de mymacau... na altura ainda não se usava o facebook...
(a história pela internet!)

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Jókai conquista 2.ª edição emergentes dst

Ontem à noite, em cerimónia pública, no Theatro Circo de Braga, foi anunciado o vencedor da edição emergentes dst 2011.
É preciso dizer que, desde que existem os encontros, um dos pontos altos do festival é a leitura crítica de portfolios: o lugar onde todos* mostram pessoalmente o seu trabalho ao olhar atento dos críticos dos mais diversos pontos do globo.
Uma oportunidade ímpar dos fotógrafos verem o seu trabalho apreciado/criticado, ou de apresentarem os seus projectos cara a cara à fina flor da crítica fotográfica contemporânea.

Desde há um ano para cá que o grupo dst, representado por José Teixeira, o carismático presidente do conselho de administração, homem de horizontes largos, se juntou a esta iniciativa dos encontros, proporcionado a atribuição de um prémio ao melhor portfolio apresentado.

O português Virgílio Ferreira, com o seu projecto Uncanny Places foi o primeiro vencedor. Este importante prémio, além de contemplar a atribuição de um simpático valor pecuniário, de divulgar a obra dos fotógrafos distinguidos, ainda contempla a exposição do trabalho premiado, no ano que se segue à atribuição do prémio.

Assim, para o ano que vem, vamos poder contemplar a belíssima série de retratos captados num lar de idosos por Zoltán Jókay, ao qual foi atribuído o primeiro lugar desta segunda edição do galardão.

Bem-hajam encontros, dst, josé teixeira, rui prata, ângela berlinde, joão & raquel loureiro, rui pires & matos, e a todos aqueles aqui não mencionados que fazem de braga uma cidade do mundo.


(esta imagem não pertence ao portfolio vencedor. aguardamos a sua chegada)
A tiny fragment of all the notebooks I made while studying photography. With the help of these notebooks I was searching for a photographic language and dealing, visually, emotionally and intellectually with my present and that what has happened a long time ago.
© Zoltán Jókai

terça-feira, 4 de outubro de 2011

emergentes em gala no theatro circo

convite emergentes, encontros da imagem, 2011.

Logo pelas 21h00, no theatro circo de Braga, tem início a gala emergentes da edição 2011 dos encontros da imagem, com programa imperdível: inauguração da exposição emergentes dst, projecção das imagens finalistas e revelação do vencedor deste ano.
Para finalizar a gala, os balla!

domingo, 2 de outubro de 2011

horto no correio

Correio do Minho, ano LXXVI, série VI, n.º 8350 (2 de Outubro de 2011), p. 18.

horto das carvalheiras


O horto municipal das Carvalheiras, que ficava situado onde se encontra hoje a escola primária da Sé, terá sido aberto ao público no início do mês de Maio de 1915.
Segundo a imprensa da época, apesar da economia do orçamento camarário, o horto seria “uma instalação que pode ver-se e que não envergonha a cidade. Todo o terreno foi convenientemente aproveitado para estacas e sementeiras, arvores fructiferas e muitas outras plantas dispostas simetricamente em grandes talhões. As duas estufas, uma das quaes de grandes dimensões, está cheia de plantas de estimação. É digna de ver-se a transformação por que passou o antigo passeio das Carvalheiras, onde existem também marcos miliarios e inscripções romanas em pedra, de subido valor archeologico”.
Encontramos esta mesma imagem do Arquivo Aliança num postal editado pelo Bazar Soares, do Porto, bem como outro plano mais alargado do horto, postal que foi editado pela Delegação da Sociedade Propaganda de Portugal.

Alguém se recorda deste horto e de quando foi desmontado?



horto municipal © arquivo aliança | museu da imagem, câmara municipal de Braga
Braga: horto municipal. Postal editado pelo Bazar Soares - Porto.
Braga: horto municipal. Postal editado pela Delegação da Sociedade de Propaganda de Portugal.


Campo das Carvalheiras, Braga.

domus da escola velha da Sé


© text's rights reserved by Catarina Miranda Basso
© as imagens do arquivo são propriedade do Museu da Imagem/ Câmara Municipal de Braga

sábado, 1 de outubro de 2011

bilhete postal bordado

Contam-se muitas versões acerca da invenção do postal.
Uma delas refere que no dia 1 de outubro de 1869, foi lançado para venda o primeiro postal do mundo, na Áustria, há precisamente 142 anos.


pormenor de bilhete postal bordado com uma máquina Singer, 1911.



De todos os postais enviados ao meu bisavô encontra-se este, o mais belo de todos!

É um invulgar bilhete postal em que a fita do cabelo, o vestuário (e as lantejoulas) foram bordados por cima do belíssimo retrato fotográfico a preto-e-branco, com uma máquina Singer.



Circulado em Dezembro de 1911, serviu para a Ana desejar a José umas boas festas e um ano novo cheio de prosperidade.










pormenor de verso de bilhete de postal bordado, 1911.


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Publicação em destaque

as fontes discretas

já no distante ano de 2009, Maria do Carmo Serén publicou um artigo sobre a minha tese de mestrado, a que chamou de " as fontes discre...