Colégio luso-britânico, 1842 |
O colégio luso-britânico oferecia em 1842 além da instrução preliminar, estudos científicos, história, estudos filológicos e filosofia, bem como um completo programa de belas artes, com aulas de desenho linear, dito de figura e anatomia, dito de paisagem, litografia, pintura a aguarela, miniatura, música e dança.
O ensino da arte do desenho fez-se em grande parte dos colégios de Lisboa e Porto de meados do século XIX. Em Lisboa aprendia-se a desenhar na Casa Pia, no liceu lusitano, no liceu parisiense, no colégio de São Patrício dos Padres irlandeses, no colégio de S. João, bem como no colégio lusitano.
No Porto ensinava-se o desenho, entre outros, nos colégios de Skinner, de Nossa Senhora da Lapa, no instituto de Navarro, no colégio de Leopoldina Pereira ou no colégio da Formiga.
Em 1835 funcionava um colégio de educação moral, civil e literária para meninas, instituído e dirigido por Júlia Alvares de Melo, à rua de Cedofeita, onde se davam noções de música e de desenho “não para brilhar entre os artistas, mas para ocupar-se agradavelmente no tempo de duas recreações, ou mesmo no seio das familias” - para o que "concorriam de fora em horas" regularmente distribuídas, outros professores. Dificilmente sabemos quem eram estes professores de belas artes.
Em 1840 encontrava-se estabelecido no edifício da Academia Politécnica o Liceu Nacional do Porto, com duas classes de alunos, os ordinários e os ouvintes, onde se faziam os exames preparatórios para a Academia Politécnica e para a Escola Medico-cirúrgica. Direccionado para alunos com exame de instrução pública, apresentava no seu programa uma aula de desenho, que era frequentada nas cadeiras da Academia.
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Henrique de Campos Ferreira Lima (O ensino, em Portugal, da arte litográfica nos colégios: professores e discípulos) não encontrou qualquer disposição legal que determinasse o ensino em Portugal da arte litográfica nos colégios.
Refere contudo que Maurício José Sendim terá ministrado na Casa Pia o seu ensino.
Júlio de Castilho, nas Memorias de Castilho escreveu dele: “Era Sendim por esses tempos o retratista, o lithographo, o illustrador por excellencia. É rara a empreza artistica onde elle não apparecesse”.
Emílio Eduardo Brohy, terá sido também professor de desenho e litografia na Casa Pia. Alexandre de Michellis, desenhador, pintor e litógrafo italiano, era também professor de desenho linear em 1840, no liceu francês, dirigido por A. M. Garcês. O espanhol Triffon Avilez, retratista, foi professor de litografia no Colégio Lusitano, na Escola Académica e no Lycée Parisien, fundado em Lisboa por Jacques Martin de Carignan em 1836.
Júlio de Castilho, nas Memorias de Castilho escreveu dele: “Era Sendim por esses tempos o retratista, o lithographo, o illustrador por excellencia. É rara a empreza artistica onde elle não apparecesse”.
Emílio Eduardo Brohy, terá sido também professor de desenho e litografia na Casa Pia. Alexandre de Michellis, desenhador, pintor e litógrafo italiano, era também professor de desenho linear em 1840, no liceu francês, dirigido por A. M. Garcês. O espanhol Triffon Avilez, retratista, foi professor de litografia no Colégio Lusitano, na Escola Académica e no Lycée Parisien, fundado em Lisboa por Jacques Martin de Carignan em 1836.
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