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costaneira

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Montra da mercearia Azevedo, vista do interior da loja.

Desde 1952 que Francisco Fernandes Azevedo alugou a loja que fica ao lado da Câmara e do café “Maiami” à Família Fonseca. Antes dele, já António da Costa Gomes tinha ali uma mercearia. Francisco teve de fazer obras nessa altura, coisa pouca, alterando então uma porta da qual fez uma montra. Desde que nasceu o seu filho, Francisco José Peixoto Azevedo, que tem um ajudante a seu lado. Assim que o filho Francisco Júnior terminou a quarta classe, com ele ficou a trabalhar a tempo inteiro.


O período áureo da mercearia coincide com a existência do mercado ali ao lado, na praça do Município. Foi contudo um período breve, pois o Mercado viria a ser demolido em 1955, ano em que inaugurou o actual Mercado Municipal, à Praça do Comércio.

Além dos produtos de mercearia, vendiam-se ali valores selados, selos fiscais e imposto de automóvel e gasóleo. Depois da abertura dos hipermercados, o comércio tradicional foi definhando aos poucos. Hoje vende na sua maioria fruta, e ainda vende selos do correio.


Na mercearia Azevedo há um antigo moinho de café que ainda trabalha mas já não mói, uma medidora de azeite e um cofre muito antigo onde se guardam os documentos importantes. Alguns produtos são embalados no conhecido “papel de mercearia”, amarelado e fininho, que tem o nome de papel costaneira. O futuro da casa é ainda incerto: restaurar, trespassar, ou encerrar e entregar a chave ao senhorio. 

© All rights reserved by Catarina Miranda Basso 

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