in Orthoepia ou boa pronunciação e leitura da lingua portugueza, 1796. |
A língua portuguesa não é nada fácil não (principalmente se estivermos cansados e acéfalos como ficaremos com a perspectiva de ter de aprender a escrever de novo).
Outro dia tive de ir ao dicionário por causa desta palavra: inestimável.
Não é uma questão de grafia, mas de significado, claro.
É só porque ando um pouco baralhada com as palavras ("recebem, no entanto, acento agudo: a) As palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tónica/tônica, as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i ou u e que terminam em -l, -n, -r, -x e -ps, assim como, salvo raras exceções, as respectivas formas do plural, algumas das quais passam a proparoxítonas: amável (pl. amáveis), Aníbal, dócil (pl. dóceis) dúctil (pl. dúcteis))
Sempre que se me aparece o prefixo in (que se converte em im antes de b ou p; e em ir antes de r: infeliz, imbatível, impaciente, irresponsável) inexoravelmente ligo a palavra a uma negação, ao contrário ou oposto.
Inestimável, inapreciável? Sem estima? Como pode? Não! Mas onde é que andas com a cabeça? Por favor!
Inestimável é um adjectivo que significa superior a toda a estima.
Sinónimo de inapreciável, ou de tão grande valor que não pode ser apreciado.
Se não fosse o meu dicionário sempre à mão, o priberam (não há um medicamento com um nome parecido?) não sei o que seria de mim... Foi-me receitado por um revisor de um jornal local que faz dele uso diário, principalmente quando o tempo aperta e se aproxima a hora do fecho da edição.
Tenho mesmo de voltar a estudar gramática, e vou aproveitar o embalo da minha filhota que começa este ano a desaprender de escrever o que aprendeu em dois anos.
A Porto Editora disponibiliza online um conversor, ferramenta que converte palavras conforme a ortografia antiga para a nova grafia.
... usa-se o hífen em compostos que têm palavras iguais ou quase iguais, sem elementos de ligação... como reco-reco, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri-cri, glu-glu, rom-rom, pingue-pongue, zigue-zague, esconde-esconde, pega-pega, corre-corre, blá-blá-blá...
será que sou capaz? |
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