© Col. Eng. Alberto Eduardo Viana Pereira da Costa | Museu de Vila Real http://manueldinis.blogs.sapo.pt/80053.html |
O Dicionário dos mais ilustres Transmontanos e Alto Durienses, coordenado por Barroso da Fonte (Editora Cidade Berço) não para de me surpreender.
Ainda que Carlos Relvas não tenha nascido em Trás-os-Montes, figura neste dicionário porque "por Vila Real se apaixonou". Pelo menos assim o afirmou Elísio Amaral Neves, investigador e colaborador do Grémio Literário Vila-Realense.
Conta o dicionário que, numa das suas histórias ao café, em dezembro de 1997, Amaral Neves referiu ter-se Vila Real familiarizado cedo com a fotografia - e que a partir de meados do séc. XIX começaram a instalar-se daguerreotipistas franceses, italianos e espanhóis.
Continua assim: "Mais tarde, pelos anos 60, outros fotógrafos chegaram, divulgando e vulgarizando a nova técnica, vendendo material fotográfico e instalando estúdios temporários, um pouco por toda a província. [...] a localização de Vila Real na rota das estâncias termais, onde os fotógrafos afluíam para fotografar a clientela de aquistas abastados, possibilitou um contacto cada vez mais frequente da vila com a fotografia.
Aqui acabaram por montar ateliers temporários, entre outros, a Photographia Transmontana... a Photographia Olivenza... T. Santhiago ... Ernesto Pereira da Silva & Irmão... Estas presenças em Vila Real acabaram por conquistar algumas pessoas locais para a fotografia. De entre eles, é justo citar um homem curiosíssimo, António Narciso Alves Correia... É igualmente justo citar Maximiano Lopes dos Santos, que se associa à firma Sala & Irmão, do Porto, abrindo um atelier chamado Nova Photographia Villarealense... E também alguns fotógrafos amadores, como António Lopes Martins, Alfredo Artur da Silva Melo e João Baptista Vaz de Carvalho. [...]
Sousa Pinto e Carlos Relvas são dois exemplos, respectivamente, de escritor e fotógrafo interessados na paisagem rural e urbana que passaram por Vila Real.
Carlos Relvas, grande lavrador ribatejano, sportsman e fotógrafo amador, veio aqui uma primeira vez, em princípios 1877, a fim de tomar algumas vistas do Marão com neve, destinadas à Exposição Universal de Paris no ano seguinte. Simplesmente, o objectivo gorou-se, porque a neve entretanto derretera com as chuvas abundantes que caíram".
Dicionário dos mais ilustres transmontanos e alto durienses / Barroso da Fonte. Guimarães: Editora Cidade Berço, 1998-
1.º volume – 1998 | 2.º volume – 2001 | 3.º volume – 2003
1.º volume – 1998 | 2.º volume – 2001 | 3.º volume – 2003
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