Avançar para o conteúdo principal

conta-nos como foi

A história de alguém que estava na guerra e que escreve à mulher, pedindo-lhe que mande outra fotografia dela com os netos - e que a tire em melhor fotógrafo, que aquela, por ter já sido tão beijada, tinha perdido a "tinta" - hoje de manhã, na radio, fez com que quase parasse o carro.
Já nasceu há uns tempos, em Lisboa, a Associação Arquivo dos Diários, com sede na Biblioteca Municipal de São Lázaro, à imagem da experiência italiana (Fondazione Archivio Diaristico Nazionale) com a qual uma das fundadoras, Clara Barbacini, tomou contacto quando a família decidiu doar as cartas do seu bisavô. Clara ficou encantada com a ideia de a história poder ser escrita por todos e começou a construir a sua equipa.
A ideia não é parar o trânsito, mas partilhar memórias autobiográficas das pessoas de quem, normalmente, não reza a história.


Arquivo dos Diários
 

AADD 
"O Arquivo dos Diários é uma associação sem fins lucrativos e dedica-se à preservação de memórias autobiográficas fixadas em diários, cartas ou em qualquer outro suporte que permita reconhecer as histórias de vida de homens e mulheres.
O Arquivo dos Diários quer preservar, valorizar e divulgar as memórias de gente comum, reconhecendo que ao dar voz a esses testemunhos de vida pessoais está a contribuir para um conhecimento mais democrático e fiel da História, bem como para a construção de uma identidade mais positiva.
Através da partilha destes depoimentos, destas narrativas, o Arquivo dos Diários procura tornar visível as experiências e acontecimentos que cada pessoa viveu, partilhando-os com a sociedade.
O Arquivo dos Diários pretende ser um local de recolha e preservação desses testemunhos (diários, cartas, vídeos e memórias das mais variadas pessoas) e estará aberto ao público para que possam também ser consultados".

De forma a encorajar os mais tímidos a contribuir para o acervo do Arquivo (entregando as cartas do avô guardadas na gaveta que já estiveram para ir para o lixo inúmeras vezes), 
a AADD promove concurso que premeia diários, cartas e memórias escritas.





Arquivo dos Diários
 

Biblioteca de São Lázaro,
Rua do Saco 1, 
1169-107, Lisboa, Portugal

Comentários

APS disse…
Saúdo, após tão grande ausência, o seu regresso pré-natalício às lides, embora ainda seja cedo para lhe desejar Boas Festas..:-)
Uma boa semana!

Mensagens populares deste blogue

Heróis do Homem e Cávado: Braga, Coimbras de Braga

Heróis do Homem e Cávado: Braga, Coimbras de Braga : No instrumento de Intituição ao Morgado de Nossa Senhora da Conceição, datado do ano de 1530, que o Doutor João de Coimbra, tinha licença... Boa tarde! Publica neste artigo uma curiosa fotografia em que se vê a primitiva casa dos Coimbras. Sabe-se data e autoria da imagem? Obrigada!

cangosta da palha

Correio do Minho,  25 de Setembro de 2011. © Arquivo Aliança | Museu da Imagem | C. M. B. Uma cangosta é uma rua ou caminho estreito e longo, ou um lugar de passagem estreita. Nesta rua, que já se chamou rua dos Congregados e que é por muitos conhecida como cangosta da palha já houve uma necrópole romana. Hoje leva o nome de rua D. João Cândido Novais e Sousa, em memória ao fundador da Creche de Braga, edifício que hoje ainda lá está - na esquininha, ao fundo da rua, do lado esquerdo, fica o berçário da Creche... No grande edifício que fica do lado esquerdo da fotografia funciona hoje o Centro Novais e Sousa, pólo da Associação da Creche de Braga - centro de actividades ocupacionais. O muro que se vê do lado direito da imagem pertencia à Escola Industrial , que em 1936 funcionava em dois pólos distintos: aqui e no edifício da rua do Castelo (idealizado cerca de 1905 para funcionar como Edifício das Obras Públicas, riscado por Marques da Silva). Parece que ...

Anna

Anna , a photo by cochinilha on Flickr. É a única vestida de preto entre as meninas de branco do mesmo grupo. É linda e o seu olhar intenso parece querer dizer algo. Não sei o quê, mas gostava muito de saber. A prova é tão grande que não cabe no scanner. É uma recordação das Pedras Salgadas (o que se queria recordar, pergunto?), fotografada também por uma menina, certamente mais velha do que estas, chamada Anna Magalhães Rodrigues. A Ana fotografou em Trás-os-Montes no início do século XX e há alguns postais ilustrados com fotografias suas. © colecção particular da família Botelho de Miranda