Quando duas ou mais raparigas se sentam à mesa dum café, é certinho que a conversa vai acabar em amor. Hoje foi verão na esplanada do café e lembrei-me do refrão desta música que não consegui cantarolar de maneira a que a identificassem. Se a conversa for com duas brasileiras, então vai certamente aprender novas formas de falar, como trem, se namorar (você se namora?), pondo o carro na frente dos bois, esgotar a ficha, gozar, beijinho de selo... Vai aprender também (se é que não sabe ainda) que tentar proteger os outros do sofrimento (ocultando a verdade) é perpetuá-lo no tempo. Ao contrário do que possa parecer - um acto de altruísmo - é, na verdade, a mais pura cobardia. Mas tem que sofrer, mas tem que chorar, mas tem que querer, pra poder amar.
Ah, bem melhor seria
Poder viver em paz
Sem ter que sofrer
Sem ter que chorar
Sem ter que querer
Sem ter que se dar
Ah, bem melhor seria
Poder viver em paz
Sem ter que sofrer
Sem ter que chorar
Sem ter que querer
Sem ter que se dar
Mas tem que sofrer
Mas tem que chorar
Mas tem que querer
Pra poder amar
Ah, mundo enganador
Paz não quer mais dizer amor
Ah, não existe coisa mais triste que ter paz
E se arrepender, e se conformar
E se proteger de um amor a mais
O tempo de amor
É tempo de dor
O tempo de paz
Não faz nem desfaz
Ah, que não seja meu
O mundo onde o amor morreu
Ah, não existe coisa mais triste que ter paz
E se arrepender, e se conformar
E se proteger de um amor a mais
E se arrepender, e se conformar
E se proteger de um amor a mais
Tempo De Amor
Baden Powell
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