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Mensagens

A mostrar mensagens de novembro, 2012

convertida

Convertidas, Novembro 2012. Cheirava a álcool, estava velha e encarquilhada. A mentira, a raiva, a vergonha tinham dado cabo dela e impregnaram o seu corpo, o que é o mesmo que dizer que o estuque e a tinta do tecto pendiam como estalactites do seu rosto magro. Ultrapassei os meus limtes e tenho de me preservar, she said. Sem filhos, é muito fácil. É só dizer: A Deus!

projectar convertidas

Convertidas, Novembro 2012. O Recolhimento de Santa Maria Madalena e de São Gonçalo (XVIII), mais conhecido como Casa das Convertidas - classificado como Monumento de Interesse Público há um mês atrás - foi tema de debate da primeira iniciativa da associação Braga Mais . Centrado no destino a dar ao edifício, o debate contou a presença de Hugo Pires (vereador, pelouro de Gestão Urbanística e Renovação Urbana), de José Araújo (ex-governador civil), de Manuela Sá Fernandes (do Grupo Gonçalo Sampaio) e de Carlos Aguiar Gomes (da Associação Famílias), para além duma plateia de cidadãos anónimos e de figuras políticas de vários quadrantes.  Espero que este tenha sido o primeiro de muitos, sobre o edifício, e que a solução para travar o seu desabamento não seja movida por outros interesses que não o da sua salvaguarda. A importância do edifício exige-o. Para satisfazer a sua função original - a do recolhimento de mulheres arrependidas dos seus erros, e convertidas a Deus...

birdies

home sweet home, a photo by  cochinilha  on Flickr. Depois dos Birds Are Indie terem encantado quem os viu e ouviu na Velha-a-Branca , lembrei-me desta instalação que está no Museu dos Biscaínhos, cá em Braga, de uma biblioteca para pássaros, no ramo de uma árvore. Sítio perfeito para namorar, ouvir, observar, cantar, ver os pássaros pousar... ou ouvir esta delícia . Birds are indie - "One day" from MPAGDP on Vimeo . "Birds Are Indie são um rapaz e uma rapariga que se apaixonaram há 12 anos. Nenhum deles sabe cantar ou tocar particularmente bem. Ainda assim, cantar e tocar, parece fazer-lhes bem. É um projecto absolutamente pouco profissional, rudimentar, pouco afinado, nada virtuoso, mas cheio de amor."

Casa Pelicano

Casa Pelicano, 1940. Em 2005, Maria Teresa Pelicano doou o espólio do estúdio de seu pai, a Casa Pelicano, ao Museu da Imagem da cidade de Braga. A Pelicano ficava ao largo Barão de S. Martinho, ao lado da Brasileira. Para além do serviço próprio de um estúdio fotográfico profissional, a Pelicano vendia material para a fotografia e revelava e ampliava as experiências dos amadores. Na Casa Pelicano trabalhou o fotógrafo Arcelino .

amores

Terras de Portugal, 1963.

Piano, piano, si va lontano...

Convertidas, Novembro 2012. Por mais do que uma vez nos referimos aqui a uma antiga tendência da cidade de Braga em desprezar o passado e o que resta dele , assim como às obras de requalificação urbana que estão a ser realizadas na cidade . Hoje, a propósito de mais um pertinente artigo publicado por Eduardo Pires de Oliveira no Diário do Minho, deixamos os conselhos da redacção do Comércio do Minho, de há 101 anos. Recomendava-se prudência na empreitada do progresso para a cidade , para o qual se devia “caminhar cautelosamente, com a consciência segura de que cada passo a dar é o melhor, e não cegamente ou sob a obsessão de uma ideia incompletamente amadurecida”. O grandioso casarão (obra de Marques da Silva que devia servir as repartições públicas) via-se condenado pela impropriedade do local, o edifício para Theatro Circo, em construção na cerca dos Remédios era mal visto por alguns; o edifício da cadeia, incompleto, aborrecia a outros, que o não queriam ali: ...

cantigas ao São João

cantigas de amor de 1930 para os meus dois amores para ti e para ti

viver bem

Andar, dormir, trabalhar, comer, beber, falar, escrever, fazer, contar, estimar... e fumar! Diário do Minho, 1927.

SMS na revista de Guimarães

 sede da SMS A Sociedade Martins Sarmento disponibiliza na rede uma série de artigos em pdf  sobre a SMS  que foram publicados na Revista de Guimarães - uma das mais antigas e prestigiadas publicações periódicas  portuguesas  de carácter científico, que se publica desde 1884.

ruge-ruge

ruge- ruge in  exposição de instrumentos tradicionais portugueses Noite cerrada, saía da igreja da Misericórdia a procissão das Endoenças. Pouco a pouco, apagadas todas as luzes no interior das casas, as varandas e as janelas iam-se enchendo de figuras escoadas a medo na tinta da noite. Mas já ao longe se ouvia um estranho vozear de multidão e incertos fogachos de lumieiras se agitavam, sinistros, na treva espessa: era a ronda dos fogaréus – temido bando popular, precedendo a procissão, que tinha a essa hora de severas contas o inaudito direito de acusar uma cidade inteira... Por isso as almas, as mais lavadas, estremeciam ao sentir aproximar-se esse Bando do Pavor, permitido pelo alto clero com o fim de, à falta de denúncias à inquisição, ser ele, uma vez no ano, o pelourinho andante das mais escondidas vergonhas. Passado o bando e extinto ao longe o último sussurro da turba atroadora, a contrastar com essa algazarra, aparecia, solene e fúnebre, a silen...

amor em tempo de guerra

Ilustração Portuguesa, Abril de 1917. Joshua Benoliel À partida para França: uma despedida afectuosa , é o título desta imagem que foi capa da Ilustração Portuguesa. Foi feita em 1917, no meio de tantas outras que representam a partida dos soldados portugueses para a guerra e que enchem as páginas da Ilustração: da Portuguesa e da Católica. É um crop da fotografia do mestre Benoliel, porque são estes dois que me interessam. Não terá sido encenada, mas levou-me para o beijo do Hotel de Ville . É um casal. Um casal em tempo de guerra. Não, não é paixão, é amor. É medo de perder.

leram ou não leram?

Há 101 anos atrás, em resposta à pronta acção do governo provisório em promulgar medidas que afastassem a Igreja do Estado, os Bispos redigiram uma pastoral que deveria ser lida ao clero e fiéis na missa dominical. Escrita em dezembro de 1910, publicada e divulgada em fevereiro de 1911. As autoridades não gostaram e pediram aos Bispos que suspendessem a leitura do documento. Uns leram, porque não tinham recebido a contra-ordem de quem de direito, outros não leram porque acataram a ordem de Afonso Costa, outros leram porque quiseram, e António Barroso demorou a suspender a leitura da pastoral em toda a diocese do Porto. António, Bispo do Porto, limitou-se a suspendê-la dentro dos limites da cidade... o que lhe valeu o desterro durante dois anos. sobre a Pastoral Colectiva do Episcopado, fevereiro 1911.

Júlio António de Amorim Lima

retrato da família de Júlio Amorim Lima. Photographia Alliança, Braga, 1916 in Aliança Pixit, rubrica semanal publicada no Correio do Minho, ano 75, n.º 7683 (28 Nov. 2009), p. 14.

fotógrafos, títeres e outros sonhadores

No início de 2010 a cidade de Évora teve a oportunidade de conhecer a história da sua cidade por intermédio dum projecto educativo pensado pelo Arquivo Fotográfico Municipal: um espectáculo de marionetas intitulado “Fotógrafos, Títeres e outros Sonhadores, Évora e a História da Fotografia”.   Jean Laurent e o seu carro-laboratório. © António Carrapato Breve resenha dos momentos e figuras ligadas aos primeiros anos da chegada da fotografia a Évora, o espectáculo teve por base algumas das figuras típicas dos Bonecos de Santo Aleixo às quais se juntaram alguns dos pioneiros da fotografia. Ulisses d’Oliveira , um dos primeiros fotógrafos viajantes a fixar-se com regularidade em Évora, Jean Laurent , exemplo da passagem pela cidade dos grandes fotógrafos estrangeiros e Maria Eugénia Reya Campos - que se intitulava a "primeira mulher phographa portuguesa", entre outros. A concepção do espectáculo inspirado na tradição dos títeres alentejanos (marionetas de pa...

terceira

"A fotografia terá surgido nos Açores por intermédio de estrangeiros quando realizavam  viagens  pelas  principais  ilhas.  No  caso  da  ilha  Terceira,  as  primeiras referências conhecidas reportam à passagem de um estrangeiro pela cidade de Angra que fazia retratos pelo processo de Daguerre, na Rua do Cruzeiro, em 1846" Carlos Enes Lançamento a 29 de outubro de 2012.  Que pena os Açores ficarem tão longe! Fica aqui um cheirinho do que poderá ser esta obra...

c - idade

re-imaginar cidades,   assim